Trabalhei em muitos diferentes ideais e mudei de idéias, às vezes de estado e também emoção. Ainda que algumas mudanças tenham sido por curto tempo, e uma delas até tenha “inspirado” linhas tortas num roman-à-clef, ganhei coisas boas com cada correria dessas. Deram em crônicas, contos, amizades.
Joguei. Parei. Achei bom voltar agora, já que voltei também a vida real e nem tudo que faço cabe nela.
Coloquei aqui essa ficha corrida pra deixar que o contraste falasse. Pois venho conversando com muita gente interessante desde que eu voltei a ver pessoas fora do computador, da webcam, do email, do chat. Passei um tempão só trabalhando em casa. Raramente saía. Tipo de coisa que bem não faz. Você aí deve concordar.
O contraste taí: se fechar numa tela vs. descobrir lugares e pessoas..,
Aí vi coisas que até eu mesma duvidei que tivesse visto. Sorte é que tenho testemunha. Amigo é pressas coisas:
“Broder, que merda é essa? Aconteceu aquilo ou tô pirando?”. “Não, querida, tá louca, não.
Rolou essa parada aí mesmo. Mas tamojunto, segura em mim.”
E aí a gente abriu os olhos um do outro.
A gente precisa do outro. Todo mundo precisa do espelho que outro oferece. Não qualquer outro, não qualquer espelho. E com certeza não de um jeito cafajeste-sanguessuga. Precisa do outro pra se ver. Isso é uma noção bem básica, qualquer boçal pode, com alguma autoridade, chamar a isso de pseudo-filosofia. Deve ser, pode ser. Mas é tão básico que a gente nem sempre lembra disso.
Use este post(-it) grudado na testa pra se lembrar.
Observo: Se escrevi tanta “merda” neste post foi em homenagem aos amigos lá do teatro:#merda pra mim é sorte.
#EscreveEscreve